Mortalidade Infantil em Portugal atinge Nível Mais Alto em Anos: Alerta Urgente da APDMGP

2025-07-04
Mortalidade Infantil em Portugal atinge Nível Mais Alto em Anos: Alerta Urgente da APDMGP
Observador

Portugal enfrenta uma crise silenciosa na saúde materna e infantil. A Associação Portuguesa de Maternidade e Gestância (APDMGP) soou o alarme, revelando um aumento preocupante na mortalidade infantil em 2024. Os dados apontam para uma subida de 2,5 mortes por cada 1.000 nascimentos em 2023 para cerca de 3,0 em 2024, um valor que a APDMGP descreve como o “mais elevado dos últimos anos”.

Este aumento alarmante levanta questões urgentes sobre a qualidade do acompanhamento pré-natal, o acesso a cuidados de saúde adequados durante a gravidez e o parto, e a assistência pós-parto às mães e recém-nascidos. A APDMGP enfatiza a necessidade de uma investigação aprofundada para identificar as causas subjacentes a esta tendência preocupante.

Fatores Contribuintes: O Que Está a Acontecer?

Embora a APDMGP não tenha ainda apontado causas definitivas, especialistas sugerem que vários fatores podem estar a contribuir para este aumento da mortalidade infantil. Entre eles, destacam-se:

  • Acesso Limitado a Cuidados de Saúde: Em áreas rurais ou com recursos limitados, o acesso a consultas de pré-natal, exames e acompanhamento médico pode ser difícil, especialmente para mulheres grávidas com condições de saúde preexistentes.
  • Condições Socioeconómicas: A pobreza, a falta de educação e a insegurança alimentar podem ter um impacto significativo na saúde materna e no desenvolvimento infantil.
  • Envelhecimento da Maternidade: O aumento da idade média das mãe em Portugal pode aumentar o risco de complicações durante a gravidez e o parto.
  • Falta de Investimento em Saúde Materna e Infantil: A APDMGP defende um maior investimento em programas de saúde materna e infantil, incluindo a formação de profissionais de saúde, a melhoria das infraestruturas e a implementação de políticas públicas eficazes.

Impacto na Sociedade Portuguesa

A mortalidade infantil é um indicador crucial do bem-estar de uma nação. O aumento registado em Portugal tem implicações profundas para a sociedade, afetando a confiança no sistema de saúde, a taxa de natalidade e o futuro demográfico do país. Além disso, a perda de um recém-nascido é uma tragédia para as famílias e uma fonte de grande sofrimento emocional.

O Que Pode Ser Feito? Recomendações da APDMGP

A APDMGP apela às autoridades de saúde e aos decisores políticos para que tomem medidas urgentes para reverter esta tendência. Algumas das recomendações incluem:

  • Reforçar os Programas de Pré-Natal: Garantir que todas as mulheres grávidas tenham acesso a consultas regulares, exames de rastreio e aconselhamento adequado.
  • Melhorar o Acesso a Cuidados de Saúde em Áreas Desfavorecidas: Implementar medidas para garantir que as mulheres grávidas em áreas rurais ou com recursos limitados tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.
  • Promover a Educação para a Saúde: Informar as mulheres grávidas sobre a importância de uma alimentação saudável, atividade física e cuidados pré-natais.
  • Investir em Pesquisa: Realizar estudos para identificar as causas subjacentes ao aumento da mortalidade infantil e desenvolver estratégias de prevenção eficazes.

A APDMGP reafirma o seu compromisso em defender a saúde materna e infantil em Portugal e apela a uma ação concertada de todos os intervenientes para garantir um futuro mais saudável e promissor para as próximas gerações.

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