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O torneio de Wimbledon, um dos mais prestigiados do mundo do ténis, tem passado por mudanças significativas. A introdução da tecnologia de deteção de bola, como o sistema Hawk-Eye, eliminou a necessidade de juízes de linha nas quadras. Mas o que aconteceu com estes profissionais que outrora desempenharam um papel crucial no jogo?

Uma juíza de linha, que preferiu não ser identificada, revelou a sua nova realidade: acompanhar os tenistas até às casas de banho e realizar outras tarefas de assistência. "É uma experiência um pouco estranha", confessou. "De repente, passámos de árbitros com responsabilidades importantes para acompanhantes, a garantir que os jogadores têm tudo o que precisam."

A substituição dos juízes de linha pela tecnologia tem gerado debates sobre o futuro do ténis e o papel dos profissionais que trabalham no desporto. Alguns argumentam que a tecnologia melhora a precisão e a imparcialidade das decisões, enquanto outros lamentam a perda do elemento humano e a experiência única que os juízes de linha traziam para o jogo.

A juíza de linha descreveu como a transição foi difícil. "Sentimos-nos um pouco inúteis no início", explicou. "É difícil aceitar que, depois de anos a dedicarmo-nos ao ténis, somos agora relegados a tarefas secundárias."

No entanto, ela também reconheceu que a tecnologia veio para ficar e que é importante adaptar-se às novas circunstâncias. "Estamos a tentar encontrar a nossa utilidade neste novo contexto", afirmou. "Ajudamos os jogadores, garantimos que se sentem confortáveis e tentamos manter o ambiente positivo nas quadras."

A história desta juíza de linha é um exemplo de como a tecnologia está a transformar o mundo do desporto e como os profissionais que trabalham neste setor precisam de se adaptar a novas funções e responsabilidades. Wimbledon continua a ser um evento icónico, mas a sua evolução tecnológica está a redefinir o papel de muitos dos que o tornam possível.

Apesar das mudanças, a paixão pelo ténis permanece. A juíza de linha expressou o seu desejo de continuar a fazer parte do torneio, mesmo que em um papel diferente. "O ténis é a minha vida", disse. "E farei tudo o que estiver ao meu alcance para continuar a contribuir para o sucesso de Wimbledon."