SNS em Crise: Portugal Precisa Urgente de Política de Recursos Humanos na Saúde

2025-07-16
SNS em Crise: Portugal Precisa Urgente de Política de Recursos Humanos na Saúde
Observador

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) português enfrenta uma crise prolongada, marcada pela falta de profissionais, sobrecarga de trabalho e crescente desmotivação. A situação exige uma intervenção urgente e a implementação de uma política de recursos humanos na saúde que seja coerente, adaptável e estratégica. Caso contrário, o SNS continuará a falhar, comprometendo a qualidade do atendimento e a saúde dos cidadãos.

A Urgência da Situação

A escassez de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde é um problema crónico em Portugal. A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais esta situação, expondo as fragilidades do sistema e a necessidade de reforçar os recursos humanos. A falta de pessoal leva à sobrecarga de trabalho dos profissionais existentes, ao aumento do stress e do risco de burnout, e à diminuição da qualidade do atendimento.

A Necessidade de uma Política Coerente

Atualmente, a gestão de recursos humanos na saúde em Portugal é fragmentada e desorganizada. Existem diferentes regras e procedimentos para diferentes grupos de profissionais, o que dificulta a planificação e a mobilidade. É fundamental criar uma política coerente que defina critérios claros de recrutamento, formação, avaliação e progressão na carreira. Esta política deve ser transversal a todo o SNS e garantir a igualdade de oportunidades para todos os profissionais.

A Importância da Adaptabilidade

O SNS está em constante mudança, com novas tecnologias, novas doenças e novas necessidades dos pacientes. A política de recursos humanos deve ser adaptável a estas mudanças e permitir a flexibilização das carreiras, a requalificação profissional e a criação de novas funções. É importante investir na formação contínua dos profissionais de saúde e promover a inovação na gestão de recursos humanos.

A Estratégia como Pilar Fundamental

Uma política de recursos humanos na saúde não pode ser apenas reativa, respondendo a problemas pontuais. É preciso ter uma visão estratégica, que defina objetivos de longo prazo e que considere as necessidades futuras do SNS. Esta estratégia deve incluir medidas para atrair e reter talentos, para melhorar as condições de trabalho e para promover a satisfação dos profissionais. É fundamental envolver os profissionais de saúde na definição desta estratégia, garantindo que as suas necessidades e expectativas sejam consideradas.

Consequências do Descaso

A falta de uma política de recursos humanos adequada terá consequências graves para o SNS e para a saúde dos portugueses. O sistema poderá entrar em colapso, com longas listas de espera, falta de acesso a cuidados de saúde e aumento da mortalidade. É urgente que o governo tome medidas concretas para resolver este problema e garantir o futuro do SNS.

O Papel da Vigilância e da Participação

É fundamental que a sociedade civil acompanhe de perto a implementação da política de recursos humanos na saúde e que participe no debate público sobre o futuro do SNS. Acompanhar o trabalho de figuras como José Pedro Fernandes, que se dedica a alertar para estes problemas, é um passo importante para garantir que as vozes dos profissionais de saúde sejam ouvidas e que as suas necessidades sejam atendidas. A vigilância e a participação são essenciais para garantir que o SNS continue a ser um serviço público de qualidade, acessível a todos os portugueses.

Recomendações
Recomendações