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À medida que Portugal se aproxima das eleições autárquicas, as Unidades de Saúde Familiar (USF) lançam um apelo crucial para o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Através de um documento de enquadramento estratégico, as USF defendem que as autarquias podem desempenhar um papel vital na complementação e reforço do SNS, enfrentando os desafios atuais com uma abordagem coordenada e inovadora.

O documento, divulgado em antecipação às eleições, destaca a necessidade urgente de uma resposta integrada aos problemas que afetam a saúde da população portuguesa. A crescente procura por serviços de saúde, o envelhecimento da população, a escassez de profissionais e as desigualdades regionais são apenas alguns dos desafios que exigem soluções abrangentes e colaborativas.

As USF argumentam que as autarquias, com o seu conhecimento profundo das necessidades locais e a sua proximidade com a comunidade, estão numa posição privilegiada para complementar o SNS de diversas formas. Isso pode incluir o financiamento de iniciativas de prevenção em saúde, a criação de programas de promoção do bem-estar, a melhoria do acesso a serviços de saúde em áreas rurais ou desfavorecidas, e o apoio à inovação e à investigação na área da saúde.

“Os desafios atuais na área da saúde exigem uma ação coordenada entre o Estado, as autarquias e as USF”, afirma o documento. “As autarquias podem ser parceiros estratégicos na implementação de políticas de saúde mais eficazes e centradas no utente.”

Exemplos de Ações que as Autarquias Podem Desenvolver:

• Programas de Prevenção: Campanhas de vacinação, rastreios de doenças, educação para a saúde.
• Promoção do Bem-Estar: Incentivo à atividade física, alimentação saudável, saúde mental.
• Acesso a Serviços: Criação de centros de saúde comunitários, telemedicina, transporte para consultas.
• Apoio a Profissionais: Incentivos para atrair e reter profissionais de saúde em áreas remotas.
• Inovação e Investigação: Apoio a projetos de investigação em saúde, implementação de novas tecnologias.

A proposta das USF não visa substituir o SNS, mas sim fortalecê-lo através da colaboração com as autarquias. Acreditam que, ao unir recursos e conhecimentos, é possível criar um sistema de saúde mais resiliente, equitativo e capaz de responder às necessidades de todos os portugueses.

Este apelo assume-se como um contributo importante para o debate público antes das eleições autárquicas, incentivando os candidatos a refletir sobre o papel fundamental que as autarquias podem desempenhar na promoção da saúde e no futuro do SNS. A mensagem é clara: a saúde é uma responsabilidade partilhada que requer o envolvimento de todos os atores da sociedade.