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A situação na saúde da Guarda atingiu um ponto crítico. A Câmara Municipal da Guarda, juntamente com nove Juntas de Freguesia, uniram forças para exigir uma resposta urgente e concreta da Unidade Local de Saúde (ULS) e do Ministério da Saúde. O motivo? O encerramento de diversas extensões de saúde no concelho, uma medida que tem gerado grande preocupação e descontentamento entre a população.

O encerramento destas extensões de saúde, que funcionavam como pontos de apoio e primeiros cuidados, tem impactado diretamente o acesso da população aos serviços de saúde, especialmente para aqueles que residem em áreas mais remotas do concelho. A falta destes serviços básicos tem levantado questões sobre a qualidade do atendimento e a capacidade de resposta da rede de saúde local em situações de emergência.

Em reunião realizada esta segunda-feira, as lideranças locais expressaram a sua profunda preocupação com a situação e a necessidade urgente de reverter esta medida. Consideram que o encerramento das extensões de saúde é um passo atrás na melhoria do acesso aos cuidados de saúde, e que a população da Guarda não pode ser penalizada por decisões que não levam em conta as suas necessidades.

“Estamos a falar de pessoas que dependem destes serviços para consultas de rotina, acompanhamento de doenças crónicas e até mesmo para receber cuidados de primeiros socorros. O encerramento destas extensões coloca em risco a saúde e o bem-estar da nossa comunidade”, afirmou o presidente da Câmara da Guarda, durante a reunião.

As Juntas de Freguesia, por sua vez, reforçaram a importância destas extensões de saúde para as suas comunidades, salientando que eram um ponto de referência para os moradores e um apoio fundamental para os mais vulneráveis. Apelaram ao Ministério da Saúde e à ULS para que revejam a decisão e garantam a reabertura imediata das extensões de saúde, assegurando assim o acesso da população aos cuidados de saúde.

A pressão das lideranças locais tem como objetivo sensibilizar as autoridades para a gravidade da situação e garantir que a população da Guarda tenha acesso a serviços de saúde de qualidade e proximidade. A expectativa é que o Ministério da Saúde e a ULS apresentem, em breve, uma resposta clara e concreta às exigências das lideranças locais, com um plano de ação para a reabertura das extensões de saúde e a garantia de um acesso mais justo e equitativo aos cuidados de saúde para todos os cidadãos.

A situação da Guarda reflete um problema mais amplo que afeta muitas regiões de Portugal, onde o acesso aos serviços de saúde é um desafio constante. A falta de recursos, a escassez de profissionais de saúde e o envelhecimento da população são fatores que contribuem para esta crise, e que exigem soluções urgentes e eficazes.

A Câmara da Guarda e as Juntas de Freguesia estão determinadas a continuar a lutar pelos interesses da população e a exigir que as autoridades tomem as medidas necessárias para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade e proximidade.