Alerta da OMS: Castigos Físicos em Crianças Deixam Marcas Profundas na Saúde e no Desenvolvimento
2025-08-25

CNN Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta contundente sobre os efeitos devastadores do castigo físico em crianças. Um novo relatório detalha como essa prática, aparentemente inofensiva para alguns, pode causar danos duradouros e generalizados à saúde física e mental dos mais jovens.
Um Impacto Abrangente na Saúde Infantil
O relatório da OMS revela que o castigo físico não se limita a hematomas e dor imediata. Ele desencadeia uma cascata de consequências negativas que afetam diversos sistemas do corpo infantil. A sobrecarga no sistema nervoso é evidente, com o aumento do risco de ansiedade, depressão e transtornos de estresse pós-traumático (TEPT). O sistema cardiovascular também é afetado, elevando a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas a longo prazo.
Além disso, o castigo físico pode prejudicar o desenvolvimento nutricional da criança, levando à má alimentação e deficiências vitamínicas. Essas deficiências, por sua vez, podem comprometer o crescimento e o desenvolvimento saudável.
Danos Cerebrais e Desenvolvimento Cognitivo Comprometido
Um dos aspectos mais preocupantes destacados pelo relatório é o impacto do castigo físico no cérebro em desenvolvimento da criança. Estudos demonstram que essa prática pode alterar a estrutura e a função cerebral, afetando áreas responsáveis pela aprendizagem, memória, controle emocional e tomada de decisões. Essas alterações podem levar a dificuldades de aprendizado, problemas de comportamento e dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
A OMS enfatiza que o castigo físico não é uma forma eficaz de disciplina. Pelo contrário, ele pode gerar um ciclo de violência, em que as crianças que sofrem castigos físicos têm maior probabilidade de se tornarem agressores no futuro.
Alternativas Positivas à Disciplina
A boa notícia é que existem alternativas positivas e eficazes para educar e disciplinar as crianças sem recorrer ao castigo físico. A comunicação aberta, o estabelecimento de limites claros, o reforço positivo do bom comportamento e a modelagem de comportamentos adequados são algumas das estratégias que podem ser utilizadas.
A OMS e outras organizações de saúde e bem-estar infantil recomendam que os pais e cuidadores busquem apoio e orientação para desenvolver habilidades parentais positivas. Existem diversos recursos disponíveis, como cursos de parentalidade, grupos de apoio e profissionais de saúde mental especializados em crianças e famílias.
Ao abandonar o castigo físico e adotar práticas de disciplina positiva, podemos criar um ambiente mais seguro, saudável e acolhedor para as crianças, permitindo que elas cresçam e se desenvolvam plenamente, sem as cicatrizes emocionais e físicas deixadas pelo castigo.
O relatório da OMS serve como um chamado urgente à ação para proteger as crianças do castigo físico e promover uma cultura de cuidado, respeito e educação positiva. É responsabilidade de todos – pais, cuidadores, educadores, profissionais de saúde e governos – garantir que todas as crianças tenham o direito a uma infância livre de violência e abusos.