Saúde no Futuro: 7 Desafios Cruciais e a Necessidade de um Atendimento Mais Humano, Aponta Paulo Moll

2025-07-27
Saúde no Futuro: 7 Desafios Cruciais e a Necessidade de um Atendimento Mais Humano, Aponta Paulo Moll
O GLOBO

O Cenário da Saúde Brasileira nas Próximas Décadas: Um Olhar de Paulo Moll

Em um evento recente, Paulo Moll, presidente da Rede D'Or, compartilhou suas percepções sobre o futuro da saúde no Brasil, delineando sete desafios cruciais que precisam ser enfrentados nas próximas décadas. Sua análise vai além dos desafios clínicos, abrangendo a necessidade de uma transformação cultural no atendimento e a importância da pesquisa científica para o desenvolvimento nacional.

Atendimento Humanizado: A Prioridade Urgente

Moll enfatizou a importância de estimular um atendimento mais humanizado, ressaltando que, apesar dos avanços tecnológicos e da crescente complexidade do sistema de saúde, a conexão humana entre profissional e paciente continua sendo fundamental. Ele argumenta que a empatia, a escuta ativa e a consideração das necessidades individuais de cada paciente são elementos essenciais para um tratamento eficaz e para a construção de um sistema de saúde mais justo e equitativo.

Os 7 Desafios Apontados por Paulo Moll

Além do atendimento humanizado, Moll identificou outros seis desafios que moldarão o futuro da saúde no Brasil:

  1. Envelhecimento da População: O aumento da expectativa de vida traz consigo uma maior prevalência de doenças crônicas e a necessidade de adaptação dos serviços de saúde para atender às demandas de uma população mais idosa.
  2. Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): Diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e câncer são os principais responsáveis pela mortalidade no Brasil e exigem estratégias de prevenção e controle mais eficazes.
  3. Desigualdades no Acesso à Saúde: Garantir o acesso universal e equitativo aos serviços de saúde, independentemente da condição socioeconômica ou da localização geográfica, continua sendo um desafio persistente.
  4. Tecnologia e Inovação: A incorporação de novas tecnologias e inovações no sistema de saúde pode melhorar a qualidade do atendimento, mas é fundamental garantir que sejam acessíveis e utilizadas de forma ética e responsável.
  5. Integração entre Setores: A colaboração entre os setores público e privado, bem como entre diferentes áreas da saúde (atenção primária, especializada e hospitalar), é essencial para otimizar os recursos e garantir a continuidade do cuidado.
  6. Formação e Valorização dos Profissionais de Saúde: Investir na formação de profissionais qualificados e oferecer condições de trabalho adequadas é fundamental para atrair e reter talentos no setor.
  7. Sustentabilidade Financeira do Sistema: Garantir a sustentabilidade financeira do sistema de saúde é um desafio complexo que exige a otimização dos recursos, a busca por novas fontes de financiamento e a implementação de modelos de pagamento mais eficientes.

Pesquisa Científica como Motor de Desenvolvimento

Moll também destacou a importância da pesquisa científica como alavanca para o desenvolvimento nacional. Ele defende que o investimento em ciência e tecnologia pode gerar inovações que beneficiem a saúde da população, impulsionem a economia e fortaleçam a competitividade do país.

Autonomia e Empoderamento do Paciente

Por fim, Moll ressaltou a importância de alongar o período em que as pessoas permanecem autônomas e ativas, incentivando a adoção de hábitos saudáveis e a prevenção de doenças. Ele acredita que o empoderamento do paciente, ou seja, a capacidade de tomar decisões informadas sobre sua própria saúde, é fundamental para promover o bem-estar e a qualidade de vida ao longo da vida.

As reflexões de Paulo Moll oferecem um panorama abrangente dos desafios e oportunidades que se apresentam para o futuro da saúde no Brasil, servindo como um guia para a construção de um sistema mais eficiente, equitativo e humanizado.

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