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Em depoimento crucial ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga negou ter ouvido qualquer plano de golpe durante o período eleitoral de 2022. A audiência, que contou com a participação de Queiroga como testemunha de Augusto Heleno (ex-chefe do GSI) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), trouxe à tona detalhes inéditos sobre os bastidores do governo Bolsonaro.

Queiroga detalhou que foi convocado para a audiência a pedido das defesas de Heleno e Braga Netto, ambos acusados de tentar obstruir as investigações sobre os atos de 8 de janeiro e de disseminar notícias falsas para desestabilizar o processo eleitoral. O ex-ministro afirmou que seu depoimento visa esclarecer os fatos e contribuir para a elucidação da verdade.

Um dos pontos mais relevantes do depoimento foi a confirmação de que Queiroga manteve contato com Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições. Segundo o ex-ministro, ele telefonou para o ex-presidente para oferecer palavras de consolo e apoio em um momento de grande turbulência política. Essa revelação pode trazer novas nuances à investigação sobre as ações de Bolsonaro após o pleito.

Durante o depoimento, Queiroga enfatizou que não possuía informações sobre a existência de um plano para anular as eleições ou de qualquer outra ação que comprometesse a democracia. Ele ressaltou que sempre agiu em conformidade com a lei e com a Constituição Federal. A defesa de Queiroga argumenta que o ex-ministro foi injustamente associado a supostos esquemas de corrupção e que seu depoimento busca desmistificar essas acusações.

A audiência no STF foi acompanhada de perto pela imprensa e pela sociedade brasileira, que busca entender a fundo os eventos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro. O depoimento de Queiroga, juntamente com os depoimentos de Heleno e Braga Netto, pode fornecer elementos importantes para a conclusão das investigações e para a responsabilização dos envolvidos em possíveis crimes.

A expectativa agora é pela análise do depoimento por parte do ministro do STF responsável pelo caso, Alexandre de Moraes. A decisão do ministro poderá determinar o futuro dos processos contra Heleno, Braga Netto e outros envolvidos nas investigações. O caso continua a gerar grande repercussão e a polarizar a opinião pública, em um momento crucial para a consolidação da democracia no Brasil.

É importante ressaltar que o depoimento de Queiroga não isenta as outras partes envolvidas nas investigações, mas pode contribuir para a construção de um quadro mais completo dos fatos. A busca pela verdade e a responsabilização dos culpados são fundamentais para garantir a justiça e a lisura do processo democrático.