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A partir de 1º de setembro, mulheres entre 18 e 49 anos no Brasil terão um direito garantido: a cobertura do implante anticoncepcional Implanon pelos planos de saúde. A decisão, que impacta diretamente o acesso à saúde sexual e reprodutiva, foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e representa um avanço significativo na autonomia feminina.

O que é o Implanon?

O Implanon é um implante anticoncepcional de longa duração, inserido sob a pele do braço, que libera hormônios para prevenir a gravidez por até três anos. Sua eficácia é comprovada e oferece uma alternativa prática e discreta para mulheres que buscam métodos contraceptivos reversíveis de longa ação (LAR).

Por que essa mudança é importante?

Historicamente, o acesso a métodos contraceptivos no Brasil tem sido um desafio para muitas mulheres, especialmente aquelas de baixa renda ou que vivem em áreas remotas. A obrigatoriedade da cobertura do Implanon pelos planos de saúde democratiza o acesso a esse método eficaz, permitindo que mais mulheres possam planejar suas famílias de forma consciente e segura.

O que diz a ANS?

A Diretoria Colegiada da ANS aprovou a cobertura do Implanon em reunião realizada no dia 8 de agosto. A medida visa garantir que os planos de saúde ofereçam uma gama completa de métodos contraceptivos, incluindo aqueles de longa duração, em consonância com as necessidades da população.

Como funciona na prática?

A partir de 1º de setembro, ao procurar um plano de saúde, as mulheres devem verificar se o Implanon está incluído na cobertura oferecida. Caso o plano não ofereça, a usuária pode entrar em contato com a ANS para registrar uma reclamação.

Impacto na saúde da mulher

Além de prevenir a gravidez, o Implanon pode trazer outros benefícios para a saúde da mulher, como a regularização do ciclo menstrual e a redução do risco de câncer de ovário e de endométrio. A escolha do método contraceptivo deve ser individualizada, levando em consideração as necessidades e preferências de cada mulher, sempre com orientação médica adequada.

O futuro da saúde sexual e reprodutiva no Brasil

A obrigatoriedade da cobertura do Implanon pelos planos de saúde é um passo importante na direção de uma política de saúde sexual e reprodutiva mais abrangente e equitativa no Brasil. Espera-se que essa medida incentive a discussão sobre a importância do planejamento familiar e contribua para a redução da gravidez não planejada e de seus impactos negativos na saúde e no bem-estar das mulheres.