Crise na Saúde Pública: Gastos Crescentes Ameaçam o Novo Arcabouço Fiscal e o Futuro do SUS
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O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta um desafio crescente: o aumento exponencial dos custos para garantir o acesso à saúde para toda a população brasileira. Essa realidade, somada às novas regras do arcabouço fiscal, coloca em risco a sustentabilidade do sistema e exige medidas urgentes para evitar uma crise ainda maior.
Gastos de Saúde em Alta: Um Cenário Preocupante
De acordo com projeções recentes, o financiamento das ações de saúde no Brasil deverá comprometer o teto de despesas do arcabouço fiscal já em 2026. Esse cenário é resultado de diversos fatores, como o envelhecimento da população, o aumento da prevalência de doenças crônicas, o avanço tecnológico na área da saúde e a inflação dos medicamentos e equipamentos médicos.
O arcabouço fiscal, criado para garantir a responsabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas, estabelece limites para os gastos do governo. No entanto, a crescente demanda por serviços de saúde pode dificultar o cumprimento desses limites, especialmente se não houver medidas para controlar os custos e otimizar a utilização dos recursos.
Impactos no SUS e na População
A falta de recursos pode ter impactos negativos em diversas áreas do SUS, como:
- Redução da oferta de serviços: filas de espera mais longas para consultas, exames e cirurgias;
- Precarização da assistência: falta de profissionais, equipamentos e medicamentos;
- Dificuldade no acesso a tratamentos inovadores: pacientes sem acesso a terapias que podem salvar vidas;
- Desmonte de programas e serviços essenciais: impacto na saúde da população, especialmente a mais vulnerável.
A Urgência do Ajuste Fiscal e a Busca por Soluções
Diante desse cenário, torna-se urgente a adoção de medidas para ajustar as contas públicas e garantir a sustentabilidade do SUS. É fundamental:
- Revisar a alocação de recursos: priorizar áreas de maior impacto na saúde da população e eliminar desperdícios;
- Aumentar a eficiência da gestão: otimizar a utilização dos recursos e reduzir os custos;
- Incentivar a participação da iniciativa privada: parcerias público-privadas (PPPs) podem ser uma alternativa para ampliar a oferta de serviços de saúde;
- Promover a prevenção de doenças: investir em ações de promoção da saúde e prevenção de doenças pode reduzir a demanda por serviços de saúde no futuro;
- Reformular o sistema de financiamento: buscar novas fontes de recursos para o SUS, como a taxação de produtos nocivos à saúde e a destinação de parte dos royalties do petróleo.
O Futuro do SUS em Jogo
A crise no financiamento da saúde pública representa um sério risco para o futuro do SUS e para a saúde da população brasileira. É preciso que o governo, o Congresso Nacional e a sociedade civil se unam para encontrar soluções que garantam a sustentabilidade do sistema e o acesso à saúde para todos.
A discussão sobre o arcabouço fiscal e a alocação de recursos para a saúde deve ser acompanhada de perto pela sociedade, que precisa cobrar dos seus representantes a defesa de um sistema de saúde público, universal e de qualidade.