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A mudança climática não é apenas uma questão ambiental; ela está remodelando a saúde pública e, consequentemente, o papel dos médicos. Em entrevista exclusiva, Virgílio Gibbon, CEO da Afya, alerta para a crescente influência das alterações de temperatura e umidade no diagnóstico e na incidência de doenças endêmicas. Prepare-se para entender como o currículo médico precisa evoluir para enfrentar esses novos desafios.

O Impacto da Mudança Climática na Saúde

As mudanças climáticas, impulsionadas pelo aumento das temperaturas globais e eventos climáticos extremos, geram uma série de impactos diretos e indiretos na saúde humana. Ondas de calor, inundações, secas e a proliferação de vetores de doenças como mosquitos e carrapatos estão se tornando mais frequentes e intensas. Esses eventos afetam diretamente a saúde das populações, aumentando a incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares, infecciosas e mentais.

Endemias em Ascensão: Um Novo Cenário para os Médicos

Virgílio Gibbon destaca que as alterações de temperatura e umidade, decorrentes da mudança climática, estão alterando a distribuição geográfica e a incidência de endemias como dengue, zika, chikungunya e malária. A expansão dessas doenças para novas áreas exige que os médicos estejam preparados para diagnosticar e tratar essas condições, muitas vezes em regiões onde não eram previamente comuns. A capacidade de identificar os sinais precoces dessas doenças e implementar medidas preventivas adequadas é fundamental para proteger a saúde pública.

A Necessidade de um Currículo Médico Adaptado

Diante desse cenário, a Afya, liderada por Virgílio Gibbon, defende a necessidade urgente de adaptar o currículo médico para incluir conhecimentos e habilidades relacionados à saúde ambiental e à mudança climática. Os médicos precisam estar preparados para:

• Diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao clima: Compreender como as mudanças climáticas afetam a saúde e como diagnosticar e tratar as doenças resultantes.
• Prevenção e controle de endemias: Desenvolver estratégias para prevenir e controlar a propagação de doenças transmitidas por vetores.
• Promoção da saúde ambiental: Educar os pacientes sobre os riscos ambientais e promover hábitos saudáveis para reduzir a exposição a esses riscos.
• Comunicação e advocacy: Comunicar os riscos da mudança climática para a saúde pública e defender políticas públicas que protejam a saúde ambiental.

Formação Continuada: A Chave para o Futuro

A adaptação do currículo médico não é apenas uma questão de incluir novos conteúdos; é também uma questão de promover a formação continuada dos profissionais de saúde. A mudança climática é um tema em constante evolução, e os médicos precisam estar atualizados sobre as últimas descobertas e melhores práticas. A Afya, com sua vasta experiência em educação médica, está comprometida em oferecer cursos e treinamentos que capacitem os médicos a enfrentar os desafios da saúde no contexto da mudança climática.

Conclusão: Um Futuro Mais Resiliente

A mudança climática é um desafio global que exige uma resposta coordenada e integrada. Ao adaptar o currículo médico e investir na formação continuada dos profissionais de saúde, podemos construir um futuro mais resiliente e proteger a saúde das populações frente aos impactos da mudança climática. A hora de agir é agora.