Bolsonaro se Isenta da Responsabilidade pelo 'Tarifazo' e Desafia Pressão Familiar e Internacional

2025-07-17
Bolsonaro se Isenta da Responsabilidade pelo 'Tarifazo' e Desafia Pressão Familiar e Internacional
Folha de S.Paulo

Bolsonaro Ignora Críticas e Mantém Posição sobre Aumento de Tarifas em seu Governo

Em meio a crescente pressão tanto interna quanto externa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se eximiu de qualquer responsabilidade pelo polêmico 'tarifazo' implementado durante seu governo. A decisão, que elevou significativamente os preços de diversos serviços públicos, como energia elétrica e gás, gerou forte repercussão e críticas generalizadas.

Apesar das alegações de responsabilidade por parte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e de um recente apelo do ex-presidente americano Donald Trump, Bolsonaro se manteve firme em sua defesa, minimizando o impacto das medidas e justificando-as como necessárias para a época.

Contexto do 'Tarifazo'

O 'tarifazo', implementado em 2021, resultou em aumentos expressivos nas tarifas de energia elétrica, gás natural e outros serviços essenciais. A medida foi justificada pelo governo Bolsonaro como uma forma de cobrir os custos de subsídios e garantir a sustentabilidade financeira das empresas responsáveis pela prestação desses serviços. No entanto, a população e diversos setores da economia criticaram o aumento, argumentando que ele impactou negativamente o poder de compra das famílias e a competitividade das empresas.

A Reação da Família Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro, em entrevistas recentes, atribuiu a responsabilidade pelo 'tarifazo' ao seu pai, alegando que a decisão foi tomada sem a devida consulta e análise dos impactos. A declaração gerou desconforto e tensões dentro da família Bolsonaro, expondo divergências sobre a condução da política econômica durante o governo.

A Carta de Donald Trump

Ainda em meio à polêmica, o ex-presidente americano Donald Trump enviou uma carta a Bolsonaro, expressando preocupação com a situação econômica do Brasil e sugerindo que o ex-presidente assumisse a responsabilidade pelo 'tarifazo'. O apelo internacional, no entanto, foi ignorado por Bolsonaro, que reafirmou sua posição de inocência.

Análise e Implicações

A postura de Bolsonaro em relação ao 'tarifazo' levanta questionamentos sobre sua responsabilidade na condução da política econômica e sua disposição para reconhecer erros. A recusa em assumir a culpa, mesmo diante da pressão familiar e internacional, pode ter implicações negativas para sua imagem e para o futuro do Partido Liberal (PL).

A situação também reacende o debate sobre a necessidade de maior transparência e participação social na formulação de políticas econômicas, a fim de evitar medidas que possam impactar negativamente a vida dos cidadãos e a economia do país. O caso do 'tarifazo' serve como um alerta sobre a importância de se avaliar cuidadosamente os impactos de decisões econômicas antes de sua implementação.

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