Maria Luís Albuquerque Defende Bancos Globais e Questiona Limitações Nacionais: O Futuro do Setor Financeiro Português

2025-06-01
Maria Luís Albuquerque Defende Bancos Globais e Questiona Limitações Nacionais: O Futuro do Setor Financeiro Português
Jornal de Negócios

Em uma entrevista recente, Maria Luís Albuquerque, ex-administradora do Banco de Portugal, defendeu a necessidade de bancos portugueses com capacidade de competir em escala global, comparando o cenário com o poderio financeiro dos Estados Unidos e da China. Albuquerque evitou comentar diretamente sobre a potencial venda do Novo Banco a investidores espanhóis, mas enfatizou a importância de uma instituição financeira robusta e capaz de operar em um mercado internacional.

A ex-administradora argumenta que o setor bancário português precisa de uma transformação profunda para se manter relevante em um mundo cada vez mais globalizado. A persistência em modelos de negócios limitados a fronteiras nacionais, segundo ela, impede o crescimento e a capacidade de resposta a desafios complexos.

A Busca por Escala: Um Desafio Crucial

Albuquerque ressalta que a “escala” é um fator determinante para o sucesso no setor financeiro atual. Bancos maiores e com presença internacional têm acesso a mais recursos, tecnologia e talentos, o que lhes permite oferecer uma gama mais ampla de serviços e competir de forma mais eficaz. A falta de escala, por outro lado, pode levar à estagnação e à perda de competitividade.

“Precisamos de escala”, reiterou Albuquerque, indicando que a mentalidade tradicional de bancos nacionais precisa ser revista. Para isso, ela sugere a exploração de fusões, aquisições e parcerias estratégicas que permitam aos bancos portugueses expandir sua atuação para além das fronteiras nacionais.

O Cenário Internacional e a Necessidade de Adaptação

A ex-administradora destaca a importância de se observar o cenário internacional, onde bancos dos EUA e da China dominam o mercado financeiro global. Para que os bancos portugueses possam competir nesse ambiente, é fundamental que eles se adaptem às novas tecnologias, invistam em inovação e desenvolvam modelos de negócios mais flexíveis e eficientes.

A questão da venda do Novo Banco a investidores espanhóis, embora não comentada diretamente por Albuquerque, levanta reflexões importantes sobre o futuro do setor bancário português. A entrada de capital estrangeiro pode trazer benefícios como a modernização da instituição, a melhoria da gestão e o acesso a novos mercados, mas também pode gerar preocupações sobre a perda de controle e a influência de interesses externos.

Um Futuro Desafiador, Mas Promissor

Em suma, Maria Luís Albuquerque lança um apelo à transformação do setor bancário português, defendendo a necessidade de bancos globais, com capacidade de competir em escala internacional. O futuro do setor financeiro português é desafiador, mas também promissor, desde que haja vontade política e empresarial de investir em inovação, modernização e expansão internacional.

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